História

31.03.2022


 

 

Etimologia

 

O topônimo Tarumirim significa “céu pequeno”. Provavelmente o nome seja uma formação híbrida da palavra krenak taru “céu” e o sufixo diminutivo tupi “pequeno”. A palavra céu em tupi é ybáka.

 

História

 


O núcleo de povoação que deu origem ao município, criado por Antônio Cunha e seus irmãos, cresceu com a chegada de outros moradores, formando-se o povoado denominado Patrimônio do Cunha.


 

O Patrimônio do Cunha passou a distrito pela lei estadual nº 556 de 30 de agosto de 1911, com o nome de Tarumirim (pertencendo ao município de Caratinga) e foi instalado em 8 de junho de 1912, com as seguintes divisas: “Partindo da barra do Córrego Vai e Volta com o Rio Caratinga e por este acima até a barra do Córrego Ponte Alta, na sesmaria de Antônio Pedro da Silveira; por este acima até os espigões em linha reta em direção ao poente, compreendendo as águas vertentes do Ribeirão Santo Estêvão até a confluência com o Ribeirão do Bugre, e daí, Santo Estêvão abaixo até a barra com o Rio Doce pelo lado direito, do Santo Estêvão pelo Rio Doce abaixo até a barra do Ribeirão Trahíras e por este acima compreendendo todas as vertentes até o alto da serra que divide as águas do Queiroga e Jatahy, sempre por vertentes, até a barra do Vai e Volta com o Caratinga”.

 

Em 1938, emancipa-se.

 

A interessante história que liga Tarumirim a Cuieté

 

Em fins da primeira metade do Século XVII, com o ouro já escasseando nas lavras exploradas em Minas, foi incentivada pelo Governo Mineiro, a busca por faisqueiras mais ricas. E foi nesta procura por novos descobertos que alguns sertanistas deram inicio às atividades de exploração das Minas do Cuieté, principalmente a partir da entrada do paulista Pedro de Camargo Pimentel, considerado o primeiro povoador do lugar.

 

O estabelecimento do Arraial de Nossa Senhora da Conceição do Cuieté completou, em 2016, seus 250 anos. Hoje, pertencente ao município de Conselheiro Pena, Leste de Minas Gerais, o Cuieté é mencionado em diversas obras da história mineira e do Brasil. Porém, mesmo tendo contribuído significantemente para a efetiva ocupação do Vale do Rio Doce, jamais teve sua importância reconhecida.

 

Em outubro de 1779, o Governador Dom Antonio, além de determinar a divisão das comarcas da Vila RicaSabaráRio das Mortes e Serro Frio, nas partes meridional e setentrional do Vale do Rio Doce, deu novos limites ao Cuieté, que passou a ser chamado de Distrito da Nova Conquista do Cuieté.

 

Naquele tempo, este distrito compreendia a parte sul do Rio Doce, desde a ponte sobre o Rio Doce, hoje Ponte Queimada, até o limite atual com a Capitania do Espírito Santo, atingindo os vales do Manhuaçu, Guandu e Cuieté. Pela parte norte do Rio Doce, seguia desde o Rio Santo Antonio até o Descoberto do Peçanha, atingindo a Serra das Esmeraldas e indo até os limites com a Bahia.

 

O município de Tarumirim faz parte desta grandiosa história. O antigo Distrito de Cuieté, após ter seu território fragmentado por diversas divisões administrativas, deu origem a vários municípios, dentre eles Tarumirim.

 

Diante da posição privilegiada do Bananal Grande, localizado entre ribeirões de excelentes águas e de terras férteis, o Governador Dom Antonio de Noronha, em seu retorno de Cuieté para Vila Rica, em setembro de 1779, ao passar por aquele lugar, o escolheu para ser o futuro arraial daqueles sertões, prescrevendo seus limites e lhe dando o nome de Novo Arraial de Nossa Senhora do Monte Carmo da Conquista do Cuieté.

Vale Registrar também que o Pega Bem, depois chamado de Povoação de São Luiz do Pega Bem, foi explorado há mais de três séculos, juntamente ao Cuieté, pelo paulista José de Camargo Pimental, por volta de 1705, o que levou o capitão Pedro de Camargo Pimentel, seu filho, a principiar o povoamento das minas do Cuieté em 174


Neste contexto, o Bananal Grande e o Pega Bem, pertencentes a Tarumirim, tiveram papel de destaque no período da Conquista do Cuieté, como pontos de abastecimento, guarda e exploração mineral. E foi no Bananal, por volta de 1830, que o índio e capitão Pocrane, na nação Botocudo, fundou o seu primeiro aldeamento, à margem direita do Rio Cuieté, hoje denominado Rio Caratinga.


Mais tarde, a região hoje ocupada pelos distritos de Vai VoltaCafémirim e São Vicente do Rio Doce, foi rota de pedestres e de índios Botocudos, que faziam o trajeto entre alguns aldeamentos da região.

Após mais de vinte anos de avultada pesquisa científica e empírica, foi possível desenvolver um trabalho de resgate histórico do Cuieté, o qual possui grande legado e presença inarredável no limiar de Minas Gerais, vindo a ser um dos marcos geográficos que principiaram a definição e o surgimento do atual Estado de Minas Gerais.


Geografia

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[8] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Governador Valadares.[2] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Caratinga, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[9]

 

A população, segundo dados do IBGE[10], é de 14.585 habitantes, sendo 8.019 na área urbana e 6.274 na área rural. A densidade demográfica é de 19,53 hab/km².

 


Economia

 

O município conta com 315 estabelecimentos empregadores (destes, 310 são empresas e 5 são órgãos públicos). 1461 pessoas estão ocupadas em função disto.[11]

Agropecuária – A principal fonte de renda do município é a agropecuária, e os principais produtos são leite e carne bovina.Embora o leite seja o principal responsável pela geração de renda, o município atualmente não conta com nenhum estabelecimento de processamento, laticínio ou fábrica de derivados.

Imigração aos Estados Unidos – Como a maioria das cidades da região de Governador Valadares, Tarumirim também recebe muitos investimentos por parte de brasileiros que vivem nos Estados Unidos.[12]

 

Cachaça – O município também é sede de uma fábrica de cachaça de qualidade. A cachaça Lenda Mineira é produzida pela Agropecuária Roda D´Água Ltda e possui selo da AMPAQ-Associação dos Produtores de Cachaça de Qualidade. O produto destaca-se pela qualidade superior e pela grande conceituação no mercado de exportação.

Além desta fábrica, existem vários alambiques no município, que fabricam cachaça artesanal, comercializada no município e em cidades do entorno.


Infraestrutura

 

Saúde


A Saúde Municipal de Tarumirim hoje é referência no Estado de Minas Gerais e Brasil, com alto indice de vacinação contra a COVID-19. Também com indice expressivo na dose pediátrica.


Hospital São Sebastião de Tarumirim


Atualmente o município conta com o Hospital São Sebastião de Tarumirim, instituição sucessora do Hospital São Vicente de Paulo de Tarumirim. Com sede na Rua Manoel Joaquim de Andrade, 308, Centro, o hospital foi criado pela Sociedade de São Vicente de Paulo (que hoje se afastou do comando da associação) e é uma instituição de caráter filantrópico e sem fins lucrativos, cumpre seu papel assistencial e se consolida como referência regional, totalmente equipada com médicos e com atendimento público[14]


Escolas

Tarumirim possui 6 escolas sendo: 1 municipal (Escola Municipal São Sebastião) 4 estaduais (E.E. Sinfrônio Bomfim, E.E. Professora Maria Teixeira da Fonseca, E.E. Manoel Joaquim de Andrade e E.E Waldemiro Francisco da SILVA) e 1 particular (Construção do Saber).

 

Educação


Índice de Educação[13]
Índice 2010
IDH-M Educação 0,499

 

 

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